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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

ALTAIR CIRILO DOS SANTOS

( Paraná – Brasil )

 

Altair Cirilo dos Santos nasceu em 1965, em São João do Caiuá (PR). Escreve desde a adolescência, dedicando-se à poesia e ao conto. Participou de diversos concursos nacionais, obtendo premiações e classificações, com destaque para o FEMUP — Festival de Música e Poesia de Paranavaí. Concluiu os cursos de Letras e Direito. Em 1985 ingressou na Polícia Militar do Paraná, exercendo atualmente a função de Sargento no Pelotão de Radiopatrulha do 8º Batalhão de Polícia Militar de Paranavaí. Autor, entre outros, do livro de poemas Viagens (2012). É membro fundador da Academia de Letras e Artes de Paranavaí, onde reside.

 

 

 

1o. Prêmio Cassiano Nunes - Concurso Nacional  de Poesia - Seleção 2009.  AntologiaOrg. Maria de Jesus Evangelista.  Brasília: Universidade de Brasília -Biblioteca Central- Espaço Cassiano Nunes, 2010.    152 p.     14 x 21 cm.             Ex. bib. Antonio Miranda

 

LADAINHA DE MOLOC NO TÚNEL

O túnel jamais está fechado
Vivemos nele
sempre do lado de fora.
Não há portas, janelas,
saídas de emergências.
O túnel nos abraça
como uma solidão.
Ai de nós!
Porém vivemos
sempre do lado de fora.

Aquele que sorriu e disse: venha,
juntos ergueremos Nova Hora,
ocultava em luz e sombra faiscantes
o engodo nos olhos da serpente.

Para glória de Moloc

Aquele que apontou e bramiu: febre
tão exato, lógico, implacável,
indicava a idolatria de seus mestres
bem mais alta que qualquer oposta idolatria.

Para glória de Moloc

Aquele que mostrou e disse: tenha
o melhor de tudo que não precisa
sustentava a razão de possuir
na maravilha do próprio ato de posse.

Para glória de Moloc

O silêncio dos abutres no arame.
O silêncio das mães entre os escombros.
O silêncio das criança com olhos grandes.
Anti-silêncio, rugindo como um tapa.
Os olhos não se assombram mais.

A vida nos consome.

O túnel, ele mesmo, é um disfarce.
Fragmentada, como se nos fosse alheia,
a realidade vista do lado de fora.
E os olhos não se assombram mais.

A vida nos consome.

O túnel, na verdade,
é um espelho.
O túnel constitui-se nossa obra.
Mas, absortos, pensamos que vivemos
sempre do lado de fora.

 

 

*

 

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Página publicada em abril de 2022


 

 

 
 
 
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